A Polícia Civil prendeu, no início da noite de ontem (03), um homem de 40 anos, investigado pelo feminicídio de Cleuza Gonçalves, de 51 anos, moradora da região da Granja Yamamoto, em Nova Esperança.
Inicialmente, o investigado acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), alegando que a vítima teria falecido por causas naturais. No entanto, a médica plantonista do município recusou-se a atestar o óbito, diante da constatação de evidentes sinais de agressões físicas no corpo da vítima.
Diante disso, o corpo de Cleuza foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), que, após exame de necropsia, apontou como causa da morte traumatismo craniano grave.
De acordo com o delegado Diego Troncha, responsável pela investigação, as diligências iniciais revelaram que o marido da vítima, que possuía histórico de violência doméstica, foi a única pessoa que esteve com Cleuza momentos antes do crime.
Testemunhas relataram que, antes de acionar o SAMU, o investigado esteve em um bar na companhia de um amigo, consumindo bebidas alcoólicas. Na sequência, retornou para casa e acionou o atendimento médico, tentando fazer crer que a morte teria ocorrido de forma natural, numa clara tentativa de ocultar o crime.
Após a morte da vítima, o homem fugiu da cidade. A equipe de investigação da Delegacia de Nova Esperança logrou êxito em localizá-lo no município de Presidente Castelo Branco, onde foi cumprido o mandado de prisão temporária, expedido pela Justiça pelo prazo inicial de 30 dias, podendo ser prorrogado conforme o avanço das investigações.
A Polícia Civil segue com as diligências para esclarecer completamente a dinâmica dos fatos, coletar novos elementos probatórios e concluir o inquérito.
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